O Espetáculo de Dança O Sonho de Dom Quixote em 19 e 20/08/2016 no Teatro José de Castro Mendes em Campinas



São Paulo Companhia de Dança

Cidade do interior paulista recebe primeira obra de Márcia Haydée para uma Companhia no Brasil; O cenário apresenta obras de Candido Portinari.

A São Paulo Companhia de Dança (SPCD), mantida pela Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, sob direção de Inês Bogéa, volta a Campinas, no interior paulista, para apresentar O Sonho de Dom Quixote (2015), primeira criação de Márcia Haydée para uma Companhia no Brasil, nos dias 19, 20 e 21 de agosto. As apresentações são gratuitas e acontecem no Teatro José de Castro Mendes (Praça Correa de Lemos, s/n° - Vila Industrial).

Sucesso de público e crítica na temporada de novembro de 2015 da SPCD, a obra ficou em segundo lugar no voto do júri como Melhor Espetáculo de Dança em enquete promovida pelo Guia da Folha de S. Paulo no mesmo ano.

Colorida, vibrante e com muito humor, o balé conta as aventuras de Dom Quixote, um sonhador visionário, que se dispõe a combater “o erro, o falso e o mal de mil semblantes” e encontrar sua dama perfeita Dulcinéia; e a história do amor quase impossível de Kitri e Basílio, uma vez que ela estava prometida por seu pai a Gamacho, um rico comerciante. Camponeses, toureiros e ciganos ajudam a compor a obra. Com a cumplicidade de Dom Quixote, o casamento dos apaixonados se realiza e é comemorado por todos. Dom Quixote é um dos mais populares balés em todo o mundo. A versão especial de Márcia Haydée para a SPCD mantém alguns momentos reconhecíveis desta obra - criada originalmente por Marius Petipa (1818-1910) em 1869 e inspirada em um capítulo da obra de Miguel de Cervantes (1547-1616) com música composta por Ludwig Minkus (1826-1917) – ao mesmo tempo em que as atualiza com cenografia de Hélio Eichbauer e desenhos de Candido Portinari (1903-1962), figurinos de Tânia Agra, luz de José Luiz Fiorruccio, composições de Norberto Macedo (1939-2011) e poemas de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987). Uma obra para se encantar e se apaixonar.

”Estivemos em Campinas em 2014 e 2015. Nestes dois anos, o teatro José de Castro Mendes foi palco de estreias da SPCD. Em 2014 estreamos The Seasons, criação de Édouard Lock para a Companhia. Já em 2015, Céu Cinzento, obra de Clébio Oliveira para o Ateliê de Coreógrafos Brasileiros – programa da SPCD cujo objetivo é incentivar a criação coreográfica e ampliar o intercâmbio dos artistas com a Companhia. Agora voltamos para apresentar O Sonho de Dom Quixote, sucesso de Márcia Haydée, para o público da cidade, sempre tão receptivo e carinhoso com a São Paulo Companhia de Dança”, fala Inês Bogéa, diretora artística da Companhia.

Bailarinos campineirosO elenco de O Sonho de Dom Quixote conta com dois bailarinos naturais de Campinas. André Grippi e Luca Seixas. André iniciou seus estudos na Academia Ballet e Cia. Entre 2009 e 2010 foi aluno bolsista da Escola Pacific Dance Arts, em Vancouver (Canadá), sob direção de Li Yamin. Ainda em Vancouver, em 2009,  integrou a Lamondance Works. Entre 2010 e 2011, foi trainee na Joffrey Ballet Academy, em Chicago (EUA). Entre seus professores, destacam-se: Tânia Fortes, Vivien Fortes, Alexei Kremenev, Anna Renznik, Chartel Arthur, Graça Sales e Willy Shives. Integra a São Paulo Companhia de Dança desde janeiro de 2012.

Já Luca, começou os estudos em dança no Instituto de Artes Luana Lopes, em Campinas (SP), formando-se em 2011. No mesmo ano, ingressou no Conservatório Carlos Gomes. Como bailarino profissional, trabalhou na Companhia Brasileira de Ballet, dançando obras do repertório clássico como Raymonda, Dom Quixote, O Quebra-Nozes e Giselle; além de montagens contemporâneas como Suíte Brasileira e Apollo, de Henrique Talmah; e Sinais de Luz, de Binho Pacheco. Em 2013, ingressou na Companhia de Dança Deborah Colker, onde dançou as obras Nó, Belle e Tatyana. Em 2015, passou a integrar o elenco da São Paulo Companhia de Dança.

ACESSIBILIDADEDesde 2013 a São Paulo Companhia de Dança utiliza o recurso de audiodescrição – modo que transmite ao público cego e surdo, por meio de fones de ouvido, informações sobre cenário, figurino e, principalmente, os movimentos dos bailarinos – em suas apresentações por espaços públicos do interior e da capital de São Paulo. E desde 2014 com o objetivo de viabilizar a implantação de mais recursos de acessibilidade comunicacional, a SPCD, ampliou o programa por meio da tecnologia avançada do aplicativo gratuito Whatscine transmite para smartphones e tablets os recursos de audiodescrição, interpretação em LIBRAS e subtitulação, permitindo às pessoas com deficiência entrar em contato com a experiência da dança. A SPCD possui fones de ouvido e tablets para as pessoas que não tem o aplicativo em seus celulares.

FICHA TÉCNICA:
O Sonho de Dom Quixote (2015)Coreografia: Márcia Haydée
Músicas: Ludwig Minkus (1826-1917) e Norberto Macedo (1939-2011)
Cenário: Hélio Eichbauer, com imagens de oito desenhos de Candido Portinari, cujos direitos de reprodução foram gentilmente cedidos por João Candido Portinari
Luz: José Luiz Fiorruccio
Figurinos: Tânia Agra
Poemas: Carlos Drummond de Andrade
Consultoria da leitura dos poemas: Marcio Aurelio
Voz off: Leopoldo Pacheco
Duração: 90 minutos

SÃO PAULO COMPANHIA DE DANÇAdireção artística |  Inês Bogéa
Criada em janeiro de 2008 pelo Governo do Estado de São Paulo, a São Paulo Companhia de Dança (SPCD) - gerida pela Associação Pró-Dança - é dirigida por Inês Bogéa, doutora em Artes, bailarina, documentarista e escritora.  A São Paulo é uma Companhia de repertório, ou seja, realiza montagens de excelência artística, que incluem trabalhos dos séculos XIX, XX e XXI de grandes peças clássicas e modernas a obras contemporâneas especialmente criadas por coreógrafos nacionais e internacionais. A difusão da dança, produção e circulação de espetáculos é o núcleo principal de seu trabalho. A SPCD apresenta espetáculos de dança no Estado de São Paulo, no Brasil e no exterior e é hoje considerada uma das mais importantes companhias de dança da América Latina pela crítica especializada. Desde sua criação já foi assistida por um público superior a 450 mil pessoas em 11 diferentes países, passando por aproximadamente 90 cidades, em mais de 550 apresentações.

Os Programas Educativos e de Formação de Plateia para a Dança, outra vertente de ação da SPCD, vem no movimento da Companhia a cada cidade por onde nos apresentamos encontramos pessoas que apreciam e praticam a arte da dança. Na Palestra Para os Educadores temos a oportunidade de diálogo sobre os bastidores dessa arte; nas Oficinas de Dança, um encontro para vivenciar o cotidiano dos bailarinos da SPCD e os Espetáculos Gratuitos Para Estudantes e Terceira Idade a proposta é de ver, ouvir e perceber o mundo da dança e por meio do Dança em Rede, uma enciclopédia de dança online disponível no site da Companhia, mapeamos a dança de cada cidade por onde a SPCD passa. A Companhia também promove espaços onde interessados na arte da dança possam compartilhar experiências. Assim criou o Seminário Internacional de Dança, que visa abordar a prática da dança em diferentes perspectivas e o Ateliê Internacional São Paulo Companhia de Dança, evento que proporciona um ambiente de arte, permitindo um estudo teórico-prático de técnicas de dança.

A dança tem muitas histórias, e para revelar um pouco delas a Companhia criou a série de documentários Figuras da Dança, que traz para você essa arte contada por quem a viveu e pode ser vista nos canais Arte 1 e Canal Curta!. A série conta hoje com 32 episódios: Ismael Guiser (1927-2008), Ivonice Satie (1950- 2008), Ady Addor, Marilena Ansaldi, Penha de Souza, Ruth Rachou, Luis Arrieta, Hulda Bittencourt, Tatiana Leskova, Angel Vianna, Antonio Carlos Cardoso, Carlos Moraes, Décio Otero, Márcia Haydé, Sônia Mota, Ana Botafogo, Célia Gouvêa, Lia Robatto, Marilene Martins, Ismael Ivo, Edson Claro (1949-2013), Hugo Travers, J.C Violla, Cecília Kerche, Eva Schul, Janice Vieira, Eliana Caminada, Mara Borba, Jair Moraes, Paulo Pederneiras, Maria Pia Finnóchio e Nora Esteves. Em 2016 a carreira de José Possi Neto será tema de um novo documentário da série. A SPCD também publicou seis livros de ensaios, além de documentários para professores e outros que registram os bastidores da sua ação.

Em 2016 a São Paulo Companhia de Dança apresentará obras marcadas pela pluraridade e conexão com as artes plásticas em uma temporada denominada Jogo de Linhas. Segundo Inês Bogéa, diretora artística da SPCD a ideia que organiza essa temporada parte da percepção da força das imagens na contemporaneidade. “Vivemos hoje em um mundo mediado por símbolos, incorporados à nossa experiência diária. Ao ver um espetáculo de dança o público é convidado a entrar em um novo universo de sensações pelos movimentos dos bailarinos e pela percepção do seu próprio gesto. Os movimentos criam na cena jogos de linhas, de traços e com as cores dos figurinos, zonas coloridas, que se dispersam e se aglomeram. Esse jogo desperta em cada um de nós diferentes percepções de imagens que são transformadas pelo que sentimos e vivemos”, fala Inês.

Serão três criações: Six Odd Pearls, de Richard Siegal, coreógrafo que se vale da interdisciplinaridade entre as artes como princípio estrutural de suas composições; outra do brasileiro Jomar Mesquita, que trabalha no cruzamento da dança de salão com a dança contemporânea e Pivô, de Fabiano Lima, que integra o Ateliê de Coreógrafos Brasileiros da Companhia. Entre as remontagens estão obras como Suíte para Dois Pianos, de Uwe Scholz (1958-2004) com música de Sergei Rachmaninoff (1873-1943) com remontagem de Giovanni Di Palma e quatro duos: O Grand Pas de Deux de O Corsário (1858), uma remontagem da SPCD a partir do original de Marius Petipa (1818-1910); O Talismã Pas de Deux (1955),  remontado por Pablo Aharonian, a partir do original de Petipa; A Fada do Amor (1993) e Carmen (2004), ambos de  Márcia Haydée.

Indigo Rose (1998), de Jirí Kylián, espetáculo que ficou em primeiro lugar na escolha do público como Melhor Espetáculo de Dança em enquete promovida pelo Guia da Folha em 2015, ganha apresentação na Temporada de Assinaturas e as noites se completam com obras do repertório Petite Mort (1991) e Sechs Tänze (1986)  ainda de Kylián; Gen (2014) de Cassi Abranches; Peekaboo (2013) de Marco Goecke, The Seasons (2014) de Édouard Lock e os clássicos de noite inteira: Romeo e Julieta (2013), de Giovanni Di Palma, e O Sonho de Dom Quixote (2015), de Márcia Haydée. Além das apresentações em cidades do interior do Estado de São Paulo em 2016, a São Paulo Companhia de Dança vai circular por capitais brasileiras e por países como Suíça, França, Canadá e Estados Unidos. A Companhia também lançou a sua quarta Temporada de Assinaturas no Teatro Sérgio Cardoso.

A Companhia é um lugar de encontro dos mais diversos artistas para que se possa pensar em um projeto brasileiro de dança.

SÃO PAULO COMPANHIA DE DANÇA | CAMPINASO Sonho de Dom Quixote, de Márcia Haydée
Dias 19 e 20 de agosto| Sexta-feira e sábado, às 21h
Dia 21 de agosto | Domingo, às 18h

Teatro José de Castro MendesEndereço: Praça Correa de Lemos, /n° - Vila Industrial – Campinas (SP)
Telefone: (19) 3272-9359
Duração: 90 min | Intervalo de 20 minutos
Ingressos: A entrada é gratuita.
Capacidade: 760| Classificação Indicativa: Livre



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