Crônica - A formatação do caos - Manoel Messias Pereira


A formatação do caos

A vida é feita com olhares, com a releitura de todos os instantes, com as observações cotidianas, com os apontamentos necessários, com as ressalvas existentes nas filosofias, no trato sociológico, na abertura para o entendimento de causas, e na certeza do hoje com a previsão para o amanhã, sem esqueceras raízes de nossas existências as nossas lendas, os nossos mitos, nossas religiões e antropologia  que muitas vezes ajudam outras vezes atrapalham, mas mantemos firme numa caminhada histórica, na qual incluímos ou nos excluímos, ficamos na história ou no esquecimento das memórias. Somos sujeitos a esses encantos e desencantos.

Sempre que tenho de olhar o meu Brasil, vejo com atenção  as suas calçadas colhidas de pessoas que esperam um prato de sopa na tarde e até fazem filas. E eu sempre me preocupo e relembro  o sistema em que vivemos o capitalismo, olho a posição que temos no mundo, e notamos que estamos entre as dez economias mundiais, vivendo uma crise criada pelo próprio sistema capitalista, possibilitando o salto de pensamentos ultradireitista de um Estado Forte, de um mando comando, em que todos se calam e falam as baionetas. Estamos num país em que os assaltos cotidianamente são feitos com metralhadoras, em que há uma classe social que reveste seus carros brindados gastando com isso uma fortuna e pagam esmola como se fosse salários para seus empregados. Embora a desgraça dos salários estão dentro de uma perspectivas chamada leis, votadas e aprovadas, num Congresso de Deputado e Senadores e por fim sancionada por Presidente da República e  sem julgamentos morais. Embora é o soldo que permite a pais de famílias chorarem sem outro recursos, a desesperar diante de uma gripe, ou uma intempere natural da existência, como doença ou morte. Ou seja o desespero do outro não interfere no contexto coletivo, pelo menos é assim que pensam os capitalistas, pobres, desgraçados principalmente os desprovidos de formação intelectual.

Porém a maioria dos meus amigos, pensam diferente do  que  a maioria dos meus inimigos, que estão nos poderes políticos alicerçando um grau de desespero e desgraça, imemorável, alicerçando todos os horrores possíveis, e ameaças, pondo plenamente a discussão do fim das aposentadorias, dos não atendimentos aos desvalidos nos sistema de saúde, que já está um caos mais que pode piorar muito mais para o ano vindouro, a nossa educação com certeza com vinte anos sem qualquer investimento deverá produzir o que há de pior no mundo em termos de raciocínio lógico. Seremos os piores dos piores em relação a nossa humanidade. A barbárie chegará. A fome aterrorizará, teremos pessoas alimentando dos corpos de seu próximo. E os que reclamarem serão todos reprimidos com a força bruta. Calarão as vozes e estabelecerão a frase desfocada do meio da bandeira nacional "Ordem e Progresso".

Por outro lado cresce o grupo de ex-trabalhadores, que passam a ser os empreendedores. E estes são os cães de guarda do sistema do caos. Aumentarão o seu poder de fogo. Acreditarão nos jargões policiais de bandido bom é bandido morto. Mas conviverão com os canalhas no Parlamento nas santas igrejas, na profanação da existência humana, na utilização do processo ideólogo, da violência contra a mulher, a favor do machismo, a favor do racismo, da transfobia, da homofobia.

É com eu disse, a maioria dos meus amigos pensam diferente do status quos, posto na prática e na mídia. E esses meus amigos dizem que é preciso reinterpretar as possibilidades revolucionárias dos trabalhadores entendendo as relações políticas nacionais e as globais. Assim como Karl Marx e Friedrich Engels que no passado pensou teorias num momento histórico, em que desenvolviam as forças produtivas eo grau de radicalização da oposição das classes burguesas e do proletariado que não mais admitia a Revolução Burguesa. Mas que adiante disto na Revolução Bolchevique foi posto em pratica, na Rússia por seres humanos conscientes de uma Revolução proletária.

E não é possível alimentar uma esperança, se não tivermos  em mãos uma possibilidade de implementar teoricamente a nossa ideologia, do respeito coletivo, da paz interior e exterior, do compartilhamento de esperanças entre todos, na construção de um socialismo que avance para um mundo sem classe, mas que neste processo de transição demonstre que é necessário ter uma previsão de saúde para todos preventivas e curativas, de uma educação para todos e todas figuras humanas em todos os níveis capazes de dinamizar um salto consideráveis nos patamares de nossas inteligências, que com certeza precisarão  calçar nossos sonhos, que não pode ficar a mercê de um  vazio quando que é preciso as realizações que se faz necessárias.

E para isso desenraizamos todos os processo de frustrações formatados no status quos, analisamos cientificamente  certificamos, que somos poucos, ainda um grupo incipiente, mas somos todos amigos, chamamos de camaradas, e temos uma grande maioria de inimigos nos poderes políticos alicerçando o grau  de desespero da classe trabalhadora, que gritarão mas serão caladas com a violência do Estado. O propagado Estado Forte e sem nenhum respeito. E que vai aos poucos sendo formatados por quem está no poder político.

A vida é feita com olhares, com a releitura de todos os instantes, com as observações cotidianas, com os apontamentos necessários, com as ressalvas existentes nas filosofias, no trato sociológico, na abertura para o entendimento de causas, e na certeza do hoje com a previsão para o amanhã, sem esqueceras raízes de nossas existências as nossas lendas, os nossos mitos, nossas religiões e antropologia  que muitas vezes ajudam outras vezes atrapalham, mas mantemos firme numa caminhada histórica, na qual incluímos ou nos excluímos, ficamos na história ou no esquecimento das memórias. Somos sujeitos a esses encantos e desencantos.

Manoel Messias Pereira

cronista
Membro da Academia de Letras do Brasil - ALB
Membro da Associação Rio-pretense de Escritores - ARPE
São José do Rio Preto -SP. Brasil



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