Crônica - Reflexão aos trabalhadores - Manoel Messias Pereira

Reflexão aos trabalhadores

Sentir todas as transformações sociais e perceber que há uma necessidade de mudanças. Há uma necessidade de revolucionar a vida e estabelecer conquistas importantes para uma geração. Pois o mundo em que estamos necessita refazer sua tarefa doméstica.

E a revolução segundo Martha Hornecker e Gabriela Uribe não são feitas por indivíduos ou grandes personagens mas sim por uma massa popular. E pensando nisto creio que elas não tomaram essas palavras das grandes revoluções burguesas, mas sim da revolução operária, que serviu de modelo de guia a toda a classe operária.

Mas como afirmamos cotidianamente alicerçados nas palavras de Lênin, sem teoria revolucionária não há revolução. Portanto há de ter um conjunto de valores, a partir da necessidade da classe trabalhadora, e daí sim alinhavamos as nossas filosofias de vida, o que chamamos de nossa práxis.

E essa práxis nasce da necessidade da formação política, da educação para a plena compreensão conjuntural e para essa tarefa há uma necessidade a de aumentar o grau de consciência política. Pois muitos sofrem com a dor da existência social, mas não sabe o câmbio ou o breque ou seja o limite desta sociedade capitalista, que arraigada na crise, propõe mudanças somente favorecendo a uma classe social. servindo desta sociedade em que seres humanos conseguem explorar ou ser humano não portador de valores materiais, como bens patrimoniais ou dinheiros e sim tem apenas a sua força de trabalho pra vender. E quando reportamos aos salários vemos que a venda é uma espoliação, feita por quem vive de lucros apenas.

O trabalhador quando sente essa espoliação tem todas as informações provindas das formações, que possibilita debater, construir um arcabouço teórico, pra dizer da injustiça salarial, mas não apenas isto da injustiça social, do tratamento de saúde, da habitação, das faltas de calçamentos na ruas, da falta de centros comunitários nos bairros, de centros culturais e esportivos. Da falta de uma escola condigna para a emancipação cultural e intelectual dos indivíduos. Na necessidade da militância numa sociedade coletiva, participativa, em que cada indivíduo possa ser como luzes florescentes em cada núcleo humanitário de seu bairro, de suas cidades, de seus Estados enquanto unidade da federação e com certeza brilhando no seu país enquanto União. E pensar nisto é pensar em ser o protagonista de uma práxis politica diferente, da política burguesa difundida pela mídia burguesa, pelas escolas burguesas.

Pensar também é não tentar alienar-se num estágio de felicidade, mas sim manter-se resistente a uma ação totalmente contrária a essas que gera democracia, participação popular, formação e que garanta a consciência coletiva de trabalhadores e trabalhadoras. Refletindo em Aristóteles que disse que a felicidade deve ultrapassar as barreiras sempre em conformidade com as virtudes de cada ser humano. e ser feliz não é algo proposto pelo governo, pela religião, nem por dinheiro ou qualquer atitude de outrem. Mas uma atitude individual e muitas vezes árdua e penosa. E aí do elo marxista, quando os trabalhadores agrupados na associação Internacional de trabalhadores em 28  de setembro de 1864, pensando num vínculo inquebrantável entre trabalhadores de todo o mundo. Ou seja pensar coletivamente.

As lições são postas, são dadas, são conquistadas, mas elas devem extinguir as propriedades latifundiárias para serem apenas propriedades sociais, com transferência das rendas para um Estado, desde que seja na mãos destes que compões a massa trabalhadora. Um impacto gradativa com taxas altas de impostos. Com o fim dos direitos à heranças. Confisco da propriedade dos contra-revolucionários, controle centralizado de crédito pelo Estado através de um banco nacional com capital do Estado e monopólio exclusivo. Controle completo de todo o sistema de transporte. educação gratuita para todas as crianças, abolição dos trabalhos infantis, respeito as mulheres e idosos. Esses são princípios já universalizados e não cabe maiores adendos.

E assim gostaria de lembrar um pensador espiritualista chamado Pietro Ubaldi, que dizia "Semeia um pensamento, colherá uma ação, Semeia uma ação e colherá um habito. Semeia um hábito e colherá um caráter. semeia um caráter e colherá um destino". E o destino creio deve ser arquitetado por homens e mulheres que pensem não em suas individualidades, mas na solidariedade entre os seres da mesma espécie, na liberdade da existência, na humanidade e na internacionalidade de toda a classe trabalhadora. Uma ação coletiva da foice e do martelo e da bandeira vermelha.


Manoel Messias Pereira

poeta e cronista
São José do Rio Preto -SP.Brasil



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