Crônica - Reflexão Educacional - Manoel Messias Pereira

Reflexão Educacional


Devemos  em educação, pensar em uma ação humanística para educando e educadores. E olhamos para a escola com um respeito pois é um local sagrado em que profanamos um processo de ensino e aprendizagem, fazendo uma verdadeira busca de enfrentamento de uma realidade desmotivadora e ameaçadora. E permitindo assim que  lucidamente  possamos acreditar em minha consciência e criticar a escola que alguns dizem ser prioridade nos discursos políticos  mas nos tratamentos que apresentam-nos é de náuseas.

A realidade da Educação Pública é de um conjunto de estupidez. A partir do que podemos observar em três exemplos de ensino. E estes exemplos parte de um princípio, privatista, neoliberal nos estados como São Paulo, Goias, e Paraná, que são governados pela oposição ao governo federal. Uma vez que hoje todas as críticas da imprensa seja ela escrita, televisa ou radiofonizada e até mesmo de blogs, são de pleno debate e reprovação da condução política do governo federal.

No Paraná o exemplo de tratamento dado pelo Partido da social Democracia Brasileira - PSDB de Beto Richa, foi de um circo de horror, quando resolveu alterar a previdência estadual e os professores foram impedidos de adentrar ao plenário da Assembléia Legislativa, caso ocorrido no final de abril de 2015, quando o governo do estado através de seu Secretário de Segurança, que viu na educação e na presença de educadores acompanhando o processo como um perigo talvez como quem tivesse olhando para um conjunto de terroristas. Por isto enviou dois mil policiais, cães, bombas, aviões como quem tivesse preparado para uma guerra, que cercaram o prédio e machucaram um grande numero de educadores. Este é um exemplo de oposição ao tratar com os professores, pra mostrar o exemplo de governo. Ou seja bastante sanguinário. Com isto seria importante que houvesse imprensa neste imenso Brasil capaz de dinamizar uma reportagens com a nova geração de crianças e adolescentes, pra que eles pudessem juntamente com seus pais dar a opinião de como essa ação desmedida, descontrolada de um Estado sobre os seus contribuintes. Mas sabemos também da fragilidade da imprensa, ou melhor dos jornalistas. Uma vez que as imprensa vive de propagandas e o Estado é um grande cliente. Com isto a desgraça e a violência fica como chagas abertas vertendo em sangue, mas escondida do grande público, escamoteada. E quanto a previdência de como foi votado, pelo grau de estranheza é assunto bom para ser tratado por especialistas em seguridade social. e isto não atrevo-me a falar.

Já Em São Paulo no governo de Geraldo Alkmin, também do mesmo partido PSDB, os professores foram a greve em 2015, e tivemos assim a mais longa de todas as greves. Os professores foram em busca de sua remuneração que estava defasada, em busca da qualidade de ensino, em busca de verbas pra escolas, e pelo fim da lotação das salas de aula que apresentava em locais em São Paulo com um número absurdo de alunos inviabilizando o processo de ensino aprendizagem. Pois houve escola no Estado que nem papel higiênico tinha. Ou seja a precariedade na cidade de são Paulo ainda atingia a questão da água. Pois a falta de investimento foi visível inclusive na infra-estrutura do Estado, que culpou a falta de chuva. Além do mais teve escolas sendo entregue no interior do Estado como São José do Rio Preto-SP. que inclusive nem ventilador tinha. Num local onde o calor chega a quarenta graus. Sendo que este Estado, tem uma estatística difundida pela imprensa de que a três dias um professor é agredido. O governador não reconheceu a greve. Diz a todo o momento que apenas uma pequena parte da categoria estava em greve. e também não chamou pra negociar e ainda cortou salários, deixando em maus momentos uma série imensa de profissionais, que necessitou ingressar na Justiça. E o que a justiça determinou foi o pagamento dos dias parados. E assim que acabou a greve dos professores. O governo veio com uma tal reorganização do ensino. Na qual ele fecharia várias salas, e os alunos em ciclos seriam separados causando um transtorno social, para pais e responsáveis. Os alunos neste caso resolveram ocupar as escolas e o contexto foi o governador usando o mesmo método da repressão de Beto Richa. A secretaria de segurança foi convocada pra retirar alunos a força, e neste caso houve agressão a professores, a alunos, e até abusos sexuais de agentes do estado sobre crianças e adolescentes e até o momento não vi nem ECA nem a defesa dos Direitos Humanos se manifestar sobre isto. Cabendo aos que foram humilhados,  na sua integridade entrar com um processo crime contra o Estado. Embora saibamos que os brasileiros não tem essa prática. Pois por aqui a violência é algo cristalizada e naturalizada e o Estado tratam as pessoas como uma boa "Ditadura da Burguesia", como exemplo de educação para as novas gerações. Aqui no Estado de São Paulo o secretário de Educação caiu, ele que fora reitor de uma Universidade e  em seu lugar foi posto um "desembargador" talvez  hipoteticamente pra intimidar, ou pra barrar no espírito corporativo do judiciário todo e qualquer processo judiciário.

E noutro Estado da Federação, como Goias, também administrado pela oposição ao PT, que é o PSDB de Marconi Perillo, os alunos também foram para a ocupação da escolas e como pratica também houve violência de agentes de segurança do estado sobre os alunos. E a conclusão disto é que há um processo vigente de sucateamento da rede pública objetivada por este partido. Que já começa a trabalhar com empresa terceirizada na contratação de funcionários e provavelmente hoje já discute-se a hipótese de que isto vai para os cargos outros como professores e o futuro é dizer que a educação não tem jeito e que há necessidade de privatizar. E empresas da iniciativa privada pra isto não deve faltar.

Este tipo de educação fascista não interessa a maioria dos professores. E na maioria das pessoas esclarecidas e que ousa pensar. Pois a educação é um processo de construção social, que inicia-se na gestação, no nascimento das pessoas no trato entre pais e filhos de forma saudável e cordial. E a escola entra no processo para a socialização dos indivíduos, mas não apenas isto e sim na busca do estudo para a emancipação social e intelectual de cada um.

Contraponto

Em contraponto pensamos  na educação emancipadora, em que o ensino e aprendizagem pode até ter um currículo comum, porém a escola deveria ter a sua liberdade de ensinar e aprender, para que professores e gestores pudesse elaborar todo o processo respeitando o ambiente que deve ser estimulador pra uma transformação. A escola neste caso precisa ser o local de objetivar e garantir o direito de quem deve permitir-se aprender e socializar informações, num papel de apoderamento de conhecimentos. e para tal, a educação precisa incluir o ser humano na pratica do ensino.

O ensino necessita, ser plural, social, científico, laico, e coletivo. Deve ter como princípio a construção do conhecimento. A utilização dos meios modernos eficaz, capaz de dinamizar o aluno para um mundo dialético e que transforma-se rapidamente. Para tal é necessário o preparo dos professores, pais e alunos para uma nova cultura o desta transformação que passa pelo recorte da classe social, da elucidação de que vivemos numa conjuntura muitas vezes desfavorável, que permite muitas vezes de observar pessoas abandonando o processo de ensino por fatores externos como questão social, moradia, ambientes sociais, bulling, racismo, preconceitos, discriminações, desde cor, raça etnia, religião, gênero, sexo, transfobia, homofobia,  xenofobia. É preciso ter uma educação que passa por toda essa tranversalidade e interdisciplinaridade  e refutar  o ocultamento do existencialismo que há na sociedade.  Ou seja essas doenças sociais atrapalham  o processo de aprendizagem.

Porém para que essa bandeira da educação emancipadora é necessário sim uma outra forma de relação entre governo e governados(das), o importante, é que todos possam ser  sujeito histórico que permite exatamente lutar na busca desta transformação de maneira coletiva na qual todas as decisões são retiradas em assembleias e ratificadas pelos demais organismos que se deva formar ou reformar dentro dos princípios das escolas como Conselho Gestor, Conselho de Escola, Associação de Pais e Mestres, Grêmios Escolares,  Que haja organização econômicas de materiais de usos permanentes e usos temporários, e ate´para a merenda escolar para tal deveria ser destinada verbas diretas para as unidades escolares. Que precisaria também contar com um corpo administrativo formado por advogado, contador, para melhor administrar as unidades.

Que as escolas pudesse ser formada por um ensino clássico, porém também técnico juntamente, artístico, literário e tecnológico. E pensando numa nova forma de educação. Uma educação completa, formativa, emancipadora. O ser humano deve ser um ser completo. E a escola que nos oferecem nada tem de atrativa.

Enfim pensar em educação é estabelecer os nos que amarra a transformação. Precisamos aprender a desatar esses nos. Ou seja as necessidades do processo de ensino aprendizagem necessita ser resolvidas. E para tal a resolução deve permanecer numa busca coletiva, pra melhorar a vida do educando e do educador.

 Que perdoe a oposição ditatorial burguesa do PSDB, mas não precisa espancar alunos, não precisa abusar sexualmente de criança, não necessariamente precisa ser usada balas de borracha, ou gás de lacrimogêneo no ambiente escolar. Esses instrumentos não são pedagógico. Daí reside a minha crítica e mais duvido que este estágio de violência está sendo usado nas escolas de ensino privado fundamental e médio. de onde estudam os filhos ou parentes  destes governantes.

 E o respeito é algo que necessitamos para os filhos dos trabalhadores deste país. E para tal existe uma frase interessante de ser lembrada "pimenta nos olhos dos outros é refresco". Porém não gostaria de ver ninguém chorando de dor ou de sentimentos por ações de violências ou destratamentos feitos por um Estado. Quero apenas que a escola seja um lugar de pessoas felizes construindo saberes, seja usando todos os instrumentos possíveis, mas construídos coletivamente. Operando na emoção terna de educar sempre.


Manoel Messias Pereira

cronista e poeta

Membro da Academia de Letras do Brasil - ALB
São José do Rio Preto -SP.











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