Em Davos, Unesco pede fortalecimento do combate à destruição e ao contrabando de patrimônio cultural


Em Davos, UNESCO pede fortalecimento do combate à destruição e ao contrabando de patrimônio cultural


Agência da ONU elogiou parcerias entre governos, alfândegas, instituições de pesquisa e museus para combater comércio ilegal, mas solicitou o aprimoramento de estratégias e articulações.
Sítio arqueológico de Palmira. Foto: UNESCO/Silvan Rehfeld
Sítio arqueológico de Palmira, na Síria. Templos no local foram destruídos por terroristas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIL). Foto: UNESCO / Silvan Rehfel
Em evento do Fórum Econômico Mundial, em Davos, nesta quinta-feira (21), a diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Irina Bokova, solicitou o fortalecimento do combate à destruição e ao comércio ilegal de patrimônios culturais. A chefe da agência da ONU elogiou o comprometimento cada vez maior de governos, alfândegas, instituições de pesquisa e museus, que têm se articulado para impedir o tráfico ilícito de bens e artefatos.
“Estamos num momento crítico na história que nós não testemunhávamos em décadas”, afirmou Bokova. “O que estamos vendo é a destruição sistemática de (nossa) herança. Isso diz respeito à nossa identidade e história comum. Temos que elaborar novas estratégias contra essa praga, e as parcerias são o único caminho rumo ao futuro”. Segundo a dirigente, legislações precisam ser ‘harmonizadas’ para prevenir a pilhagem e o comércio ilegais e a impunidade dos criminosos. Questões culturais, humanitárias e de segurança também devem ser coordenadas.
A chefe da UNESCO se disse encorajada pela mobilização global observada entre diferentes atores envolvidos na área de cultura. Essas parcerias tornam possível o compartilhamento de informações, imagens e conhecimentos sobre bens culturais. Bokova elogiou a iniciativa da Universidade de Yale que, em parceria com o Instituto Smithsonian, criou uma rede composta por 40 universidades para aprimorar a pesquisa e a conscientização sobre o patrimônio cultural.
Presente no evento, o diretor da Organização Mundial das Alfândegas, pediu a especialistas e pesquisadores que compartilhem mais informações sobre artefatos culturais, a fim de ajudar oficiais aduaneiros a identificar bens contrabandeados e realizar apreensões.

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