Crônica - Sem respostas - Manoel Messias Pereira

Sem resposta

Não coloque todas as perguntas do mundo pra você responder, pois não conseguirá. E se quer saber eu também não tenho todas as respostas. Nem das perguntas que me faço, e nem das perguntas que outros me fazem. embora sempre procuro nas enciclopédias,  nos livros, nas revistas, nos jornais, nos cérebros dos intelectuais. Procuro em tudo que há de escrito, falado, televisionado e agora postos da internet.e mesmo assim não encontro todas as respostas adequadas. E até já pensei na omissão dos intelectuais.Mas não é nada disto.

A cultura da universalidade, clássica, vai aos poucos se perdendo, dentro das especificidades, e cada qual faz a pergunta que cabe na sua resposta, dentro de uma caixa profissional. Portanto um professor encaixa-se na educação, como um advogado encaixa no ensino e na defesa dos direitos e o médico na leitura da doenças, assim como o farmacêutico na  formula química provinda das indústrias farmacêuticas que tens as formulas de curar e de manter acessa a doença, pra não perder o mercado.

O mercado não pode ser o elemento útil da cultura humanística. Mas a regra do bom lucro,  independente do remédio. E a expansão deste mercado, vai num jogo interessante. De princípio é a busca do mercantilismo e depois do monopólio, destes os trustes, os carteis, os holdings, que é comum o governo, os mercadores negarem, mas faz parte de uma regra. A regra da expansão do mercado. Mercado que não guarda os limites geográficos. Mas expande, faz-se os conflitos as guerras e as mudanças de paradigmas. E assim nascem as crises sejam elas estruturais ou sejam as conjunturais. a questão é que no capitalismo essas crises são naturais, o sistema se arranjam no próprio sistema e os que lucram cobram com juros, tudo que podem dos que apenas tem a sua força de trabalho pra vender.

Quando falamos do mercado é que estamos vivendo da contradição social do sistema capitalista em que todos a todo o momento guarda essa ideia do planejamento, pra ganhar dinheiro, gastar, ou fazer gastar numa loucura permanente do consumo. Mas poucos estabelece neste sistema de que há um processo de desemprego, E portanto há pessoas desempregadas. E essas pessoas tem uma deficiência no seu consumo. Pela falta de dinheiro. Pela falta de crédito. E ainda há pessoas que ganham muito pouco ou não ganham nada principalmente aqueles que passaram a ficar doente, e pra receber do Estado montagem, salário de ajuda. E precisa burocraticamente provar e comprovar numa extrema loucura de documentos.  Passando por assistentes sociais, médicos peritos, que nem sempre aprova a sua condição de enfermo, de deficiente, mas o mercado vai sempre te rejeitar. E numa desgraça toda você vai provar o gosto amargo da vida.

Eu que sempre sonho com a ideia de um pleno humanismo social, introduzo no meu tempo, o dom do respeito a todas as diversidades, minha política, meus dogmas, minha leitura de mundo é sempre de juntar  as pessoas em torno de uma ideia, criar um poder popular uma busca de um mundo construído a partir de uma coletividade. E para tal examino num máximo rigor todas as possibilidades de caminharmos juntos, e unidos podemos sim ser a transformação. Ou a fonte de salvação deste mundo  do capital, que tanta desgraça tem realizado pelo mundo.

Por isto creio que não há uma omissão dos intelectuais, mas falta um espaço pra que possamos estudar, discutir e apresentar a  essa sociedade do mundo atual o respeito incondicional independente do sexo, da cor, da religião, da formação política e das condições materiais da sua existência, penso que disto pode ter o princípio da mudança. Por enquanto isto ainda é uma utopia na nossa sociedade de classe. Mas precisamos perseguir a utopia até faz~e-la tornar realidade. Penso que é possível. Mas não dá pra responder todas as perguntas do mundo. Com certeza.


Manoel Messias Pereira

professor
cronista
Membro da Academia de Letras do Brasil -ALB


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