Crônica - As eleições Municipais - Manoel Messias Pereira


As Eleições Municipais
Este ano é um ano em que o Brasil, terás eleições municipais, em que serão eleitos em cada cidade o prefeito como responsável pelo Poder Executivo e os vereadores que formam o Poder Legislativo, aqueles responsáveis pelas leis, pelas ações de fiscalização do Poder Executivo em todas as usas secretarias. Os vereadores são os verdadeiros representantes do povo. Pelo menos é esta a informação que recebíamos na época da escola.

Os poderes constituídos como conhecemos parte das ideias filosóficas de Charles Louis de Secondat, Barão de Montesquieu que em sua obra o "Espirito das Leis",que analisou e comparou as diferentes formas de governo mas diante do contexto do absolutismo em que viviam, defendiam a monarquia constitucional. Numa forma de controle do próprio governo absoluto. E para dividir o ex-poder absoluto, a criação do parlamento, a elaboração de uma Constituição como lei normativa, controladora do absolutismo, a crítica á Igreja Católica apostólica Romana que sustentava um antigo regime de privilégios da nobreza e do clérigo. E por fim o poder Judiciário, com a função de julgar, condenar ou absorver todos os atos públicos e privados.

E neste contexto político pensado no Século XVIII, que tivemos o que entendemos por princípio liberal, usando as formas politica-econômica da Fisiocracia e da Economia clássica. Portanto as nossas eleições tem esse caráter burguês e liberal, em que há uma classe social representada nas instituições políticas e que mantém um sistema de lucro e mercados. Portanto todo os olhares, financiamentos de campanhas, e o uso quase naturalizado do que é público por setores da atividade econômicas privadas. E com isto temos hoje a ideia cristalizada da corrupção como algo natural e inerente ao sistema que a maioria defende o capitalismo.

E diante disto que podemos analisar ou fazer a crítica lembrando que a burguesia utiliza, que nasceu do processo feudal, que forjou sua existência, que traçou um plano, que vai desde a luta para por fim ao pensamento absolutista, e ocupar o poder, com a chamada democracia representativa.

É esta burguesia que estabelece com a revolução comercial, com a expansão das grandes viagens, e depois a revolução industrial técnica e econômica, que conseguiu o monopólio industrial, tendo a em mãos os meios de produção, como terra, maquinas equipamentos e desenvolvimento científico graças ao implemento da revolução científica, em que matemática, química,  biologia, física e com ela a mecânica, a ótica, pensando em novas fontes de energia e a produção em massa, além das matérias primas todas que se encontram na natureza, assim como a mão-de-obra, daqueles que detém apenas a força de trabalho e estão sujeitos a viver eternamente trabalhando pra enriquecer essa classe burguesa ganhando pouco e pagando tributos e impostos, e sendo consumidores dos produtos desta classe burguesa. São eles os trabalhadores que enriquecem com o seu trabalho os burgueses. Mas mesmo fazendo a riqueza da cidade, assim como do Estado e do País, pouco usufrui da mesma.

E aí reside a crítica ao sistema capitalista. Pois há uma classe social que se beneficia, e uma classe social que apenas segue a vida como se fosse o rato da roda, são os operadores deste mecanismo, são chamados de proletários, ou seja filhos das famílias pauperizadas socialmente, que precisam comer, como os ratos que precisam de rações. E estes trabalhadores são na verdades seres explorados por quem detém os meios de produção. Porém usam hoje de uma expressão, na qual tratam como os  de colaboradores, as empregadas domésticas de secretárias. Mas sabemos que o salário no Brasil é baixo os produtos consumidos são caros e todos recorrem a parcelamentos ou seja todos vivem em dívidas e morrem e deixam dívidas.

Portanto essa elite burguesa que tens poderes nos parlamentos, tem o poder no executivo, tem indicados e concursados no Poder Judiciário, detém o conhecimento, e instrumentalizam pra se manter corporativamente como a elite que governa e dão as cartas no jogo da existência. Os leitores na sua grande maioria não sabem dialogar sobre esses assuntos. E ficam embriagados diante das publicidades e propagandas utilizadas como campanhas políticas, porém tudo isto é fruto de marketings. E o que é vendido é que entrando o candidato X ou Y as coisas vão melhorar. Porém a estrutura não vai permitir que isto ocorra. Existe um orçamento que mantem um faz de conta social, e um conjunto de empresas patrocinadoras dos candidatos a cargos públicos e essas empresa privadas influi nas decisões nos editais da cidade e que divide parte destes recursos públicos.  Ou seja nada é transparente. O povo a cada eleição são enganados. Uns de inocentes outros acreditando levar vantagens dentro desta máquina administrativa.

No jogo eleitoral temos os partidos distribuídos e os principais que tens livre trânsitos na mídia são aqueles que defendem o projeto liberal, e que combinam muito bem com o chamado socialismo cor de rosa ou a social democracia revisionista, de Eduard Bernestein, que nega o aspecto revolucionário do pensamento de Karl Marx e Friedrich Engels, e esses partidos não tem um compromisso com o proletariado, com a classe operária propriamente dita. Mas com bons profissionais da propaganda vão aparecer de timoneiros da moralidade, de ecologistas, defensores dos pobres, da Igreja Reformadas portanto todos capitalistas, da ordem burguesa, defensores de seus patrocinadores. E o povo chamado de massa votante, necessitam sim é de organizar-se, criar mecanismos de defesas e entender que a vida é sim de luta de classe. E nesta luta não basta entender as necessidades dos serviços públicos que precisam serem realizados mas os mecanismos que são operados e quem ganham com isto, pois prefeito apenas administra as verbas e aplicam, e elas precisam serem bem aplicadas para o bom andamento das cidades e bens públicos que devam estar sempre benefício da população.



Manoel Messias Pereira

cronista
membro da Academia de Letras do Brasil
São José do Rio Preto -SP. Brasil






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