Crônica - As vidas humanas na Síria - Manoel Messias Pereira


As vidas humanas na Síria

A vida na Síria hoje, traz uma realidade do mundo que poucos quer entender, ver e aprofundar as discussões até porque todos os pareceres necessitam de um processo que venham alicerçar-se num conjunto de valores que não pode e não deve ser a mentira pura e simples, mas devem ser amparado por uma ética a do próprio respeito humano. E que os senhores líderes das potências capitalista ignoram exatamente porque defende um sistema de economia e política que é realmente uma fraude ética,  que inclusive estabelece o processo de desigualdade muito bem definido, entre pobres ricos, entre desenvolvidos e não desenvolvidos, entre diferenças religiosas absurdas que fica até difícil comentar e o uso e o invento de grupos rebeldes de desestabilizações sociais implementados no mundo, sempre visando eliminar os seres humanos da forma mais inadequada possível e pensando somente na riqueza das matérias primas que há. Ou seja é a etapa superior do capitalismo em voga, conhecida por imperialismo.

Antes de mais nada é preciso observar bem a postura do governo de Donald Trump que neste inicio de abril de 2017, o observando um ataque de armas químicas provavelmente feito por rebeldes e Estados Islâmicos, que é uma criação dos Estados Unidos e de Israel, e inclusive as armas e as munições são proveniente destas duas potencias bélicas, mas esse episódio, especificamente  foi atribuído ao governo sírio de Bashar -al Assad. Como se estivessem num jogo de cartas em pleno blefar. E os jogadores que mantem as cartas nas mãos neste macabro jogo é Estados Unidos da América, França e Inglaterra.

Já vimos este blefar em outras oportunidades, como no caso do Iraque em que mentiram, conseguiram retirar o presidente Sadam Russein do poder, destruíram com sinais de requintes de perversidade todo o arsenal cultural da humanidade, com a estupidez devida de seus sistemas. Roubaram o petróleo iraquiano, criaram os grupos rebeldes, estabeleceram quem deveriam governar e quem deveriam desgraçar a vida dos iraquianos e pronto. As potencias venceram os jogos.

Agora os monstros se voltam para a Síria. E num ataque as bases militares, Donald Trump autorizou o arremesso de 59 misseis de destruições. Fez um pronunciamento de sete minutos na teve, dizendo que não toleraria esse tipo de violações como o uso de armas químicas. Embora nem o governo americano, nem o governo francês e muito menos o governo inglês, tenham provas de que a ações com armas químicas sejam realmente ação do governo sírio. Quando que dentro daquele país, há várias forças atuando e com os requintes de uma ação capitalista imperialista imensamente articulada, pois ninguém em sanidade decente via atuar num mercado caríssimo como a industria e o comercio da guerra, pra perder dinheiro. Se há destruição é porque as potencias capitalistas ganharão mais e mais. Se há vidas perdidas, há discursos belos e com efeitos nas mídias internacionais, pra encantar enquanto que alguns choram seus mortos. E antes de bombardear ligou para o governo Russo numa provocação de bom jogador de cartas.Exibindo a carta da morte.

Quando soube do aviso ao presidente russo Vladimir Putting, recordei a história de quando a Síria, fez uma fusão do Partido Baath com o Partido Socialista  Sírio, assim como o Partido da Ressurreição Árabe em 1954, num momento em quem havia a guerra fria e os Estados Unidos da América aproximava de Israel, e ainda hoje são grandes parceiros comercial em material bélicos e estratégias militares enquanto que naquele momento a Síria aproximava-se da antiga União Soviética . E em 1958 um plebiscito aprova a fusão da Síria e do Egito na República Árabe Unida, mas depois disto um golpe militar em 1961 separa-os e em 1963 outro golpe leva ao poder Baath. E pra completar a informação histórica alicerçada no século XX, vimos que em 1967 a Síria perde as colinas de Golã para Israel na Guerra de seis dias, na nascente do Rio Jordão em que Israel vai construir colonias judaicas. E para pressionar  a devolução a Síria passa a apoiar o grupo islâmico Hezbollah, que a partir do Líbano atacaram o norte de Israel. Mas em 1973 Israel numa ação militar dá tiros de advertência a Síria.

Essas informações mostra apenas uma pequena questão do emaranhado histórico em que cada autor que está envolvido nos conflitos do Oriente Médio se mostra, ou se reportam em suas satisfações ou indignações. Porém o que tudo apresenta-se hoje parece que o conflito tem a sua origem em 2011, quando as forças de seguranças abriram fogo contra as manifestações pró-democracia em Deras no sul. E o presidente Bashar al Assad, alegou que estava sendo vítima de uma conspiração externa. Uma vez que pediam reformas, e  a saída de Bashar al Assad do governo. E a Liga Árabe naquele momento histórico condenava a repressão no país, Estados Unidos e União europeia  eram os autores que desejavam a cabeça de Assad, e a China e Russia continuava o apoio a Síria.

Um ex-coronel aposentado fundou o chamado exercito Livre da Oposição (ELS) o braço armado da oposição e foi abrigado pela Turquia para atuar na síria a Liga Árabe propôs a retirada das tropas sírias das áreas residenciais sob o monitoramento internacional. E um Relatório árabe de desenvolvimento Humano atribuiu em 2002 PNUD o problema de desenvolvimento regional a deficiência em matéria de liberdades de direitos femininos e de conhecimento. Numa pesquisa que não envolveu a Síria mas sim 22 países árabes, que tens condições muito mais precárias do que o povo que viviam na Síria. Mas sabemos que a Síria acabou sendo expulsa da Liga árabe. Embora o que vemos a economia da síria mostra um quadro até razoavelmente bom, se observar uma inflação de 4% ao ano, uma reserva internacional  de 20,6 bilhões de dólares e uma dívida externa pequena de 4,7 bilhões, uma força de trabalho de 5,5 milhões e o desemprego é de apenas 8,4% e esses dados são de 2013. Portanto tranquilo, e neste contexto é que vão surgir as reclamações.

Outro assunto que se soma é as injustas difamações ao islamismo. E xenofobia em todo o mundo, e principalmente agora neste governo estado unidense de Donald Trump. Embora vemos  em tempo de crise sempre surgem esses líderes de extrema direita e estados diante de um, no governo estado unidense. Pois ao enviar os misseis ele tomou pra si a responsabilidade de não respeitar o Congresso Americano, agiu como se fosso o fuller, reportando ao infalível Hitler, em que o chefe da nação fala em nome da nação, como se ele não fizesse isto estaria comprometendo a segurança de sue país, que já tens o espaço vital, como desejava Mussolini e Adolfo Hitler. Outros autores vão dizer que ele incorporou Bush e resolveu bombardear bases militares, depósitos de alimentos, aeroportos, e talvez faltou atingir hospitais, para que a população possa ficar ainda mais fragilizada e contra o governo local. 

É para Donald Trump, Obama foi pacífico demais. E assim vimos que Rússia e Irã, que  pedem para que os Estados Unidos provem que as armas químicas usadas foi obra do governo de Assad contra o seu povo. Bem isto não acontecerá pois na verdade o governo americano, jogam cartas e blefa na mesa. Só que ele usa material bélico, vidas humanas e um conjunto de dramaticidade, como uma quantidade imensa de refugiados pelo mundo muitos inclusive sendo humilhados pela Europa. E a ONU, tem dito que nenhum dos lados do conflitos oferecem  proteção aos seres humanos civis. Essa é a encruzilhada de fogo, sem velas e sem mandingas. E tudo é uma imensa tristeza.


Manoel Messias Pereira

professor, poeta, cronista
Membro da Academia de Letras do Brasil - ALB
São José do Rio Preto -SP. Brasil








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