Por trás das estatísticas: UNICEF mostra a dor das mães que perderam filhos para a violência


Por trás das estatísticas: UNICEF mostra a dor das mães que perderam filhos para a violência

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No Dia da Consciência Negra, o UNICEF traz vídeo com história de três meninos vítimas de homicídio. No Brasil, um adolescente negro tem quatro vezes mais chances de morrer assassinado do que um branco.
No Dia da Consciência Negra, celebrado nesta sexta-feira (20), o Fundo da ONU para a Infância (UNICEF) lançou um vídeo com depoimentos de mães que perderam seus filhos assassinados. São três histórias de adolescentes, entre 12 e 17 anos, que tiveram suas trajetórias e planos interrompidos por conta da violência.
Hítalo, 12 anos, Cristian, 13 anos, e Christian, 17 anos, foram violentamente mortos por armas de fogo. A morte desses adolescentes engrossa a triste estatística que coloca o Brasil como o segundo país do mundo em número de assassinatos de adolescentes, ficando atrás somente da Nigéria. Todos os dias, 28 crianças e adolescentes morrem assassinados no Brasil.
O Índice de Homicídios na Adolescência estima que mais de 42 mil adolescentes de 12 a 18 anos poderão ser vítimas de homicídio nos municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes entre 2013 e 2019.
Hoje, os homicídios representam 36,5% das causas de morte dos adolescentes no país, enquanto para a população total correspondem a 4,8%. Para a elaboração do IHA, foram analisados 288 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes.
O crescimento do número de homicídios de adolescentes é a mais trágica das violações de direitos que afetam crianças e adolescentes. As vítimas têm cor, classe social e endereço. São em sua maioria meninos negros, pobres, que vivem nas periferias e áreas metropolitanas das grandes cidades. A taxa de homicídio entre adolescentes negros é quase quatro vezes maior do que aquela entre os brancos (36,9 a cada 100 mil habitantes, contra 9,6 entre os brancos) (Datasus, 2013). O fato de ser homem multiplica o risco de ser vítima de homicídio em quase 12 vezes (IHA 2015).
A concepção do vídeo é assinada pela agência Monumenta, a direção é de Alex Ribondi e a produção é da Caravela Filmes.

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