Unicamp, USP, Unifesp repudiam reorganização da rede estadual de São Paulo
Unifesp, USP e Unicamp repudiam reorganização da rede estadual de SP
Professores da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) divulgaram uma nota em repúdio às mudanças na rede estadual de ensino anunciadas pelo Governo de SP em setembro. Desde o início da semana passada, a reorganização motivou uma série de ocupações de escolas em todo o Estado. Os estudantes pedem a revogação do plano, que vai fechar mais de 90 escolas.
Em nota divulgada no site da instituição na quarta-feira (18), professores disseram a mudança está afetando de forma negativa estudantes, famílias e de profissionais da educação. Eles também criticam a presença da PM em escolas ocupadas.
"A mudança está baseada em um palpite do atual governo de que escolas organizadas em diferentes ciclos de ensino apresentam melhores indicadores educacionais e melhor desempenho dos alunos. Essa visão unidimensional do processo educativo já foi devidamente rechaçada por inúmeras pesquisas da área, que demonstram ser a qualidade da educação um fenômeno multideterminado", afirmam.
"Não surpreende que a sociedade esteja se manifestando contrariamente a essa medida, entre outros motivos, pelas consequências nefastas que promove, como o fechamento de turmas e escolas, a dispensa de pessoal, a separação de irmãos, a distância e dificuldade de deslocamento e transporte para novas escolas impostas às famílias", diz outro trecho da nota.
Outras instituições
Nesta semana, a Faculdade de Educação da USP (Universidade de São Paulo) repudiou, em nota, o programa de reorganização escolar do governo Geraldo Alckmin (PSDB). A Unicamp já havia publicado posicionamento similar anteriormente. O texto, assinado pela Congregação da faculdade, instância máxima, afirma que a política adotada tem uma "intenção irresponsável de economia de gastos públicos".
Os docentes da USP afirmam que as medidas mostram "descaso" e "desrespeito às crianças e aos jovens". "Mudanças na organização da educação do Estado só devem ser implementadas após debates amplos", completa.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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