ACNUR pede ao governo da Jordânia que libere a entrada de 12 mil refugiados sírios
ACNUR pede ao governo da Jordânia que libere a entrada de 12 mil refugiados sírios
Populações buscam abrigo em regiões fronteiriças desprovidas de estrutura adequada. Apenas em novembro, contingente de refugiados nessas localidades triplicou. Jordânia já recebeu 630 mil refugiados.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) expressou sua preocupação, nesta terça-feira (8), quanto à situação de 12 mil pessoas que estão tentando fugir do conflito na Síria, mas não conseguem atravessar a fronteira do país rumo à Jordânia. O escritório da ONU solicitou ao governo jordaniano que permita a entrada dos refugiados em seu território. As populações deslocadas têm se aglomerado em regiões desprovidas de água, vegetação e proteção contra o sol e enfrentam diversos problemas de saúde.
Cerca de 11 mil refugiados estão em Rukban, a cerca de oito quilômetro a oeste do ponto onde as fronteiras da Síria, da Jordânia e do Iraque se encontram. Outros mil deslocados tentam encontrar abrigo em Hadalat. De acordo com o ACNUR, as populações têm se reunido em locais próximos a acostamentos de terra na Jordânia. Apenas em novembro, o contingente de refugiados presentes nessas localidades triplicou.
A porta-voz do ACNUR, Melissa Fleming, alertou que os refugiados apresentam problemas médicos, como infecções respiratórias, sarna, gastroenterite, diarreia, vômito e má nutrição aguda entre as crianças. Mulheres grávidas tiveram que dar a luz nesses locais precários, em condições pouco higiênicas e sanitárias. Para a agência da ONU, a liberação da entrada dos refugiados na Jordânia deve priorizar os mais vulneráveis, como mulheres grávidas, crianças abaixo dos seis meses de idade e seus familiares, deficientes e pessoas que precisam de cuidados médicos e cirúrgicos emergenciais.
O ACNUR reconheceu a ajuda que o governo jordaniano tem prestado à agência. O país já recebeu 630 mil refugiados, contingente que sobrecarregou a economia e a infraestrutura da nação. O escritório da ONU também considerou legítimas as preocupações do Estado com os impactos do intenso fluxo de pessoas deslocadas sobre a segurança. O ACNUR afirmou que tem apoiado e fortalecido procedimentos de registro e triagem dos refugiados, a fim de avaliar casos e históricos individuais.
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