Crônica - a Palestina em Busca da Paz - Manoel Messias Pereira
A Palestina em busca da Paz
O Estado Palestino deseja, o reconhecimento de uma Pátria Palestina, livre, soberana, independente em que todos os descendentes dos antigos filisteus, cananeus e outros árabes, possam construir democraticamente o seu território, preservando a língua árabe, a sua fé e estabelecendo a cultura palestina. Mas embora tenham todos os palestinos esses desejos, encontram-se diante do Estado de Israel, que ilustram a realidade de todos da faixa de gaza, com inúmeras violências. E desta forma há muitos palestinos, que foram sequestrados, retirados de suas residencias, presos e torturados e há muitos ainda hoje vivendo no exílio ou como refugiados.Enquanto que outros morreram de frios, foram vítimas das armas.
A história mostra que antes da Primeira Guerra Mundial, aproximadamente 60 mil judeus viviam na Palestina e em plena harmonia com todos os árabes. E que a partir da primeira guerra os ingleses solicitaram as comunidades árabes que ajudassem a expulsar os turcos otomanos e em troca a Inglaterra prometia apoiar a formação de um grande reino árabe. Mas secretamente a Inglaterra e a França fizeram um acordo como era de praxe, os países capitalistas industriais apresentarem as suas políticas de expansão imperialista e ambas tinham um acordo de dividir entre si essa região.E a Inglaterra ainda procurou apoiar a Comunidade Judaica Internacional e em 1917 temos a assinatura da declaração de Balfour em que havia a intenção da criação de Israel na Palestina.
Os palestinos nos seus laços históricos assim como muçulmanos ou cristãos estão estreitamente ligados ao resto da nação árabes por laços culturais, religiosos e históricos. Mas uma grande maioria abraçaram o islamismo. E grande parte dos palestinos sabem que a sua luta não é contra o povo judeu, mas contra o processo sionista de ocupação do Estado de Israel.
O sionismo é conhecido como o Movimento político, oficialmente fundado no Primeiro Congresso Sionista ocorrido na Suíça, em 1897. e o fundador do movimento foi Theodor Herzl. Um movimento que pedia o restabelecimento de um Estado Judeu de preferência na Palestina. E ignoravam que a Palestina já era um território habitado por uma civilização antiga e rica culturalmente. E há ideia árabe de que o sionismo é criação de alguns judeus que haviam sido objeto, da parte de certos europeus de perseguições anti-semita na Europa. Um movimento que deu plenitude a si mesmo e não somente as custas de outros povos que nada tinha a ver como o anti-semitismo como também as custas do judaísmo internacional.
Mas no livro de Maty Ben Jacob, intitulado "A ordem do Dia" questão palestina o autor descreve assim sobre o sionismo "O Movimento representa a totalidade dos esforços realizados com a finalidade de concentrar a maioria do povo judeu na sua terra ancestral e lá reconstruir seu centro político e espiritual" E quanto aos palestinos Jacob escreve "quanto ao problema palestino o mundo árabe quer ignorar esse fato e procuram diferenciar judeus de sionistas. E acrescenta num parágrafo que o sionismo tem origem na palavra "Sion" considerado lugar sagrado que junto a Jerusalém formava a alma da fé no Deus Onipotente. De Sion sai a Torá e de jerusalém a palavra Deus. mas além deste aspecto espiritual o sionismo manifesta-se concretamente pelas forças das armas, pela imigração constante em direção a terra santa e até pela Fawzi Barhoum o porta voz do Hamas. Mas neste contexto israel rejeita a decisão do Tribunal Penal Internacional assim como os Estados Unidos que lembra que a Palestina usou misseis, contra Israel. e essa decisão da Corte veio depois que o Presidente da autoridade palestina Sr. Mahamoud Abbas solicitar a adesão contra a oposição de Israel e estados Unidos. Abbas é uma personalidade em queda, enquanto isto observa-se que a União Européia não gostou de que o hamas no final do ano passado deixou a lista de entidade terrorista.
E a UE, quer uma aliança com um conjunto de países árabes em troca de informações, cooperações e tudo isto ocorre depois do ataque ao jornal satírico na França. e essa é uma das pautas que estarão na discussão em Bruxelas, em que os ministros da UE, vá encontrar com Nabil - Al- Araby da Liga árabe.
E resumindo bem, parece que a UE, deseja enganar os árabes como a frança e a Inglaterra no passado. Mas o que realmente deseja a palestina é ter um estado soberano, livre, reconhecido por todo o mundo, respeitado onde todos possam viver em paz, numa sagrada terra.
Manoel Messias Pereira
professor de História, cronista, poeta
membro do conselho do Patrimônio Histórico de são José do Rio Preto
membro da Câmara Setorial de Literatura
Membro da Academia de Letras do Brasil
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