Poesia - Fazenda Capituva - Walter Merlotto

Fazenda Capituva

Do barro escorre-se a lama
que desce rio adentro, para
a cana construíram engenho
E para as lágrimas que
descem dos olhos da
pequena?

Perfiladas, as casas são
corroídas pelo tempo, que
teimosas desafiam o relento,
é o passado trazendo suas
lembranças, a realidade
do descaso no presente

Onde estão as flores que
enfeitavam o nosso alpendre?
Indagou a menina de olhar
atento; o que ela não sabia
é que também as flores aos
poucos vão morrendo

Da fazenda, os bons ventos
bateram em retirada, nada
mais restou, na memória da
pequena, somente recordações
daqueles inesquecíveis dias
que o tempo levou.







Walter Merloto

poeta
São José do Rio preto -SP.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Poesia - Consciência social _ Manoel Messias Pereira

Poesia - No capitalismo é assim - Manoel Messias Pereira

Poesia - ferro - Luis Silva Cuti