Crônica - Precisamos nos encontrar - Manoel Messias Pereira
Hoje tenho os olhos perdidos no vazio da estrada, eu quero chegar ao céu de minha expressão social, eu quero ter a casa, a comida, o passe para trabalhar. Eu quero a condição humana para prestar o melhor serviço possível, a este país e consequentemente a esse planeta. Como um trabalhador, quero constituir a minha família e dar a ela a felicidade tão sonhada pelas utopias das ciências políticas.
Não sei se pensando assim sou um servidor inimigo do processo da transformação social, neste terrível sistema capitalista, que permite a competição. A exploração do homem sobre outro ser humano com toda a violência das condições sociais aplicadas ideologicamente num roubo de vidas e de perspectivas de sonhos. Pois vejo um Estado, pseudo governado, por executivos que diz que precisa sanear o clima social. E para isto pensam em estabelecer cortes de benefícios sociais, e até trabalhistas. Sem explicar como fazer esse saneamento louco sem prejudicar o trabalhador condignamente vivo de seus direitos sociais plenos.
Sabemos que os salários deste país e irrisórios, sabemos que a vida aqui é muito cara, a inflação uma desgraça e os serviços públicos, mantém e mostram-se, precários publicamente e as vezes até executados por empresas particulares, como um transporte em que não se oferece respeito a esse trabalhador, pois tens poucos ônibus, ou poucos trens, e o trabalhador precisa chegar no horário de seu emprego. Quando não ônibus sem cortina, sem estofado, sem cesto de lixo. Nos pontos não há indicativos de onde vão nem de onde vêm, quando deveriam informar isto de forma eletrônica digital.
Outro ponto interessante a abordar são as ruas parece queijos suíço, com muitos buracos como é chamado o queijo produzido na Suíça, chamado de Emmental. Mas o atendimento da população segue a logica de um mercado. Quando deveria mesmo é atender o ser humano nas suas reais necessidade. O foco ideológico destes serviços penso que precisaria sim mudar.
No Brasil há muitas leis, mas nem mesmo o legislador gosta de cumprir o que ele põe no papel. Parece que tudo fica num eterna mistificação. Mas quando reafirmamos a necessidade de um discussão profunda sobre o assunto, ou seja discutir uma transparência porém com a devida possibilidade do controle social a cargo do povo. Que precisa organizar-se, de maneira revolucionaria, teórica e popularmente.
E para ter o sucesso na organização de todos os trabalhadores sobre a minha cidade e o seu destino é preciso construir passos, degraus, numa valorização da juventude, dos trabalhadores que hoje estão no mercado de trabalho. E assim como precisamos valorizar aqueles que já deram o suor de seus rostos para a melhoria deste país. Precisamos construir um mundo melhor. Precisamos ser arquiteto de um sonho melhor, de uma vida aprazível, do respeito a natureza e as pessoas.
O campo de meu olhar que hoje permanece no vazio de uma estrada, quase perdida, sem fins determinadas, parece que com isto preciso ter uma outra paisagem. É necessário chegar ao céu de minhas expressões, na leitura de minhas necessidades, na compreensão de minhas falhas e na fraternidade ao meu próximo. Precisamos nos encontrar com um sonho no cérebro e a ternura da existência no coração. Se aceitam meu convite, venham. Vamos nessa.
Manoel Messias Pereira
crônica
Membro da Academia de Letras do Brasil - ALB
São José do Rio Preto -SP.
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