Crônica - a humanização da sociedade - Manoel Messias Pereira


 A humanização da sociedade

A Educação é um instrumento de harmonização da própria sociedade. O processo educacional tem início na organização da família. A família neste caso entendida de onde é gerada a criança e quais os adultos envolvidos, cabe a eles uma certa responsabilidade, como aquele de dar limites sociais, como o de estabelecer condutas sociáveis obviamente naquele contexto e não fora dele. É na família que deve ser falado sobre o respeito ao outro as pessoas mais idosas, é lá que a criança aprende a dizer bom dia, boa tarde ou boa noite, aprende a sorrir para o seu próximo com respeito e a ideia de fraternidade. Além de levantar da cama arrumar a sua cama de manter as regras sociais nos banheiros, ou seja há com certeza um mínimo  de humanidade naquele que seria um lar. Essa é uma ideia construída que provavelmente fogo do contexto social por quais os alunos vivam, mas de princípio é o que é fundamentado de forma teórica.

Já na escola é uma outra etapa da criança que é o encontro com outro ser humano da mesma faixa etária e que traz com certeza outros valores num processo educacional. E este encontro vai ser um aprendizado para a criança, acredito eu. No Brasil de tantas matrizes culturais diversas, é interessantes essas trocas de respeitos entre as crianças. E que neste caso serão precisas serem orientadas no sentido do compartilhar, do respeitar, do interpretar, de manter uma relação de amizade, de amor ao próximo de entender a história do outro. E neste caso o Brasil em tese apresenta-se como um laboratório de emoção. Parece até um palco de teatro no estudo fundamental da interpretações.

A escola é também um ponto de encontro de direitos. Pois essas crianças vão deparar com direitos de adultos como os funcionários que precisam respeitar e serem respeitados, de professores, de gestores, de serviçais ou sejam dentro de uma escola, todos tem o papel de serem educadores. E neste contexto nasce a ideia da política educacional, voltada para a transformação dos indivíduos na sua formação fundamental, na busca da assimilação de conteúdos que proporciona a criança e ao adolescente um conjunto de informações capaz de empoderá-la no conhecimento fundamental da existência, até nove anos no processo de ensino e aprendizagem. E após essa tarefa a busca do aprofundamento de matérias necessárias a sua reestruturação como jovem. E aí nasce a minha doce e elementar crítica ao modelo de educação proposto atualmente e também críticas as suas mudanças.

A minha crítica nasce por entender que o ser humano não é um ser clássico ou técnico. Mas sim um ser humano completo que necessita reunir no seu contexto histórico cultural uma formação, que requer um desenvolvimento clássico e técnicos juntos. Não podemos formatar ser humano mias ou menos consciente do seu papel de transformação social, ou apenas visar o campo de trabalho e esquecendo do processo que possa levá-lo, além do curso técnico. Por isto o ensino Médio que até agora aprofundam estudos como de História, sociologia, filosofia, matemática, química, física, biologia, entre artes e educação física, pode continuar fazendo isto, mas não pode negar além disto todo o ensino ou corpo de ensino técnico em todas as unidades escolares.

A ideia da escola integral é uma ótima ideia porém do jeito que implantam hoje, é uma perda de tempo a escola precisa ter um olhar pra novas gerações. As escolas precisam ser além de lousa, e giz mas um estúdio, precisa ser um barracão de arte com pintura, escultura, de música, de danças, precisa ter uma ala de alta tecnologia, com robótica, semiótica pós moderna, literatura, línguas inglesa, latim, francês, árabes, hebraicos,  engenharia computacional. E precisa acompanhar o mercado, precisam melhorar as instalações, ter câmaras para melhora a segurança, precisam ter ar condicionado em todo o prédio e colaboração das famílias. Precisam ter projetos para por fins a homofobia, o racismo, a transfobia, ou seja precisa fazer uma escola realmente que responda aos anseios de uma sociedade que carece de respeito mínimo. Que essa escola seja laica, não apenas na palavra mas nas atitudes. E que os professores sejam capaz de dinamizar de tempos para a sua formação ou especializações pra melhorar evidentemente a escola e o papel de uma sociedade que precisa caminhar para uma transformação revolucionária. Que haja o aluno colaborador, que receba estímulos para suas ações. É necessário construir uma Escola ativista, para o cumprimento dos Direitos Fundamentais dos Seres Humano e é na formação educacional que devemos esperar isto. Por isto a importância de Escola.

E toda a discussão em relação a mudança pode ser efetivamente colocadas em pautas pelo menos um bom tempo, recebendo críticas e sugestões de todas as entidades e da sociedade organizadas, e num grande esforça de respeito a todas opiniões serem concluídas. Sabemos também se não houver pressão contra o Estado, não haverá mudanças significativas nunca. E isto me leva ao Capítulo XVII do livro de William Reich "O assassinato de Cristo"  intitulado título "O povo quer Barrabás", onde constam não são os governantes que governam, mas sempre o povo que força os governantes a governar.

Os professores os gestores e todo o corpo de educadores precisam fazer por onde entender-se de que a educação é um ato de coragem de amor, mas sobretudo de humanização. O ser humano voltado a ensinar deve estar sempre imbuído da verdade fundamental, daquilo que se deve ensinar a fim de no entanto ter alguém que possa ter sucesso ao aprender, na condição do conhecimento. Aprender é avançar metodicamente em hipóteses e a teoria melhor constituída não deve jamais de ser hipotética, intrinsecamente falível e sujeita à constante verificação dos fatos, e quando o ensinar não se constitui um aprender juntos, torna-se a exposição e a imposição, por vias explícitas ou dissimuladas, de um corpo doutrinário que não admite-se criticável e essa forma de democracia aparente nada mais é do que o refúgio do autoritarismo no ensino. Como não há um processo de respeito a essa conversa no Brasil, sou totalmente contra todas as mudanças propostas e crítico contumaz, da falta de diálogo como tem sido a presente realidade. Que pra mim é uma realidade  paupérrima do ponto de vista do aprofundamento político do tema. 


Manoel Messias Pereira

professor, poeta, cronista
membro da Academia de Letras do Brasil - ALB
membro da Associação Rio-pretense de escritores - ARPE
membro do Coletivo anti-racismo Minervino de Oliveira 
São José do Rio Preto - SP. Brasil 



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